18 de dezembro de 2013

(SÉRIE) Onde só Deus e eu conhecíamos - 4


...e sendo considerada entre os meninos e meninas daquela escola. Enfim, me encontrei. Para quem passou a vida toda ouvindo musiquinhas melosas e bla bla bla, me soltei ao ouvir funk. Pra falar a verdade, sempre ouvi funk, mas não curtia tanto como nessa época.
       Então decidi radicalizar, de nerd romântica e ao mesmo tempo esquisita, para funkeira de bonde. Piercing no umbigo (que doeu muuuito), encarei a personagem. Gritaria na rua, brigas, era assim que era a minha vida naquele momento, várias festas, ia fazer baderna em todos os lugares que íamos, mas no fundo, no fundo, sentia nojo de tudo aquilo, queria estar ali pelas amizades e pelo reconhecimento das pessoas da minha escola e cidade, mas paguei o preço, pois não era o que eu realmente queria, não era o que eu precisava, mas enfim, as festas, as bebidas, as fotos, todos os comentários me faziam eu achar que era alguém importante.
       Uma vez, fomos em uma das escolas mais conhecidas da cidade, onde as outras meninas do bonde estudavam, com a finalidade de brigar com outras meninas, mas enfim, não teve briga nenhuma, então queríamos mostrar para os meninos que nós éramos fortes e imbatíveis, e acabamos nos machucando, nós mesma, nos arranhamos, na verdade fizemos hematomas em nós mesma, e eles ? tolos, acreditaram, cairam direitinho. E assim continuamos, as fotos eram bem evidentes, vulgaridade era o nosso nome, passei a ser bem escandalosa, era bem quieta, e aquela frase que eu ouvia antes de que "as quietinhas são as piores" se fez realidade em minha vida ...

Continua...

(Então meninas, estão gostando ? ta ficando critica as coisas hein... Mas no próximo post dessa série, vamos saber como era a vida sentimental dela e ... somente na sexta.... Bjinhos - Carolina Pires)

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